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Aumento da Taxa Selic para 13.5%

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Em 29 de janeiro de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano. Esta decisão unânime reflete os esforços contínuos para conter a inflação persistente no país.


A inflação acumulada nos 12 meses até meados de janeiro atingiu 4,5%, ultrapassando a meta de 3% estabelecida pelo Banco Central, que possui uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais. Este cenário contrasta com outras economias emergentes, como México e África do Sul, onde as taxas de juros estão em declínio.


O Copom já havia sinalizado, em dezembro, a possibilidade de novas elevações de 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março, visando alcançar uma taxa de 14,25% ao ano no final do primeiro trimestre de 2025. O objetivo é controlar a inflação e alinhar as expectativas do mercado.


Analistas do mercado financeiro preveem que a taxa Selic possa atingir 15% ao ano até junho de 2025, o que representaria o maior nível em quase duas décadas. Essa perspectiva reflete a preocupação com a inflação persistente e a necessidade de medidas mais rigorosas para estabilizar a economia.


O aumento da taxa Selic tem impacto direto no mercado imobiliário, pois influencia o custo do crédito, tornando financiamentos mais caros. Como a maioria das compras de imóveis no Brasil é feita por meio de financiamentos, taxas de juros mais altas desestimulam novos compradores e reduzem a demanda. Isso pode levar a um desaquecimento no setor, com imóveis ficando mais tempo à venda e preços podendo sofrer ajustes.


Além disso, investidores que antes buscavam imóveis como forma de rentabilizar seu dinheiro podem optar por aplicações financeiras de renda fixa, que se tornam mais atrativas com a Selic elevada. Isso pode diminuir a busca por imóveis para aluguel e compra, impactando o ritmo de novos lançamentos.


Por outro lado, o mercado de locação pode se beneficiar. Com financiamentos mais caros, muitas pessoas optam por continuar no aluguel por mais tempo, aumentando a demanda por imóveis para locação. Esse cenário pode pressionar os preços dos aluguéis para cima, especialmente em regiões de alta procura.

Se a Selic continuar subindo, é possível que bancos adotem condições de crédito ainda mais restritivas, dificultando o acesso ao financiamento habitacional. No entanto, para quem já tem contratos atrelados à taxa fixa, a variação da Selic não altera as parcelas. Já para financiamentos vinculados à TR ou ao IPCA, as prestações podem sofrer aumentos.


No longo prazo, o comportamento do mercado imobiliário dependerá das futuras decisões do Banco Central. Caso a inflação seja controlada e a Selic volte a cair, o crédito pode ficar mais acessível novamente, incentivando um novo ciclo de crescimento do setor.

 

 

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