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Casas assombradas: elas realmente desvalorizam um imóvel?


Casas assombradas sempre despertaram curiosidade, mistério e até medo. Mas no mercado imobiliário, além do enredo fantasioso, existe uma questão prática: esse tipo de imóvel realmente perde valor?


A resposta, na maioria dos casos, é sim — especialmente quando a reputação do imóvel é amplamente conhecida na região. A percepção de que uma casa é “mal-assombrada” pode gerar resistência emocional em potenciais compradores ou inquilinos, mesmo que a estrutura do imóvel esteja em perfeito estado. Isso acontece porque muitas pessoas evitam locais associados a tragédias, crimes ou simplesmente histórias assustadoras, seja por superstição ou desconforto.


O impacto no valor de mercado pode variar. Em alguns casos, o imóvel fica encalhado por anos, sendo necessário reduzir significativamente o preço para torná-lo atrativo. Em outros, o apelo do "misterioso" acaba se tornando um diferencial, principalmente entre investidores que enxergam potencial turístico, como transformar o imóvel em pousada temática ou atração local — algo que já aconteceu em cidades com forte apelo místico.


Em termos legais, alguns países exigem que o vendedor informe acontecimentos trágicos ou fatos que possam afetar a percepção do imóvel — como mortes violentas, por exemplo. No Brasil, não há uma lei federal específica que obrigue a revelação de “assombrações” ou crenças ligadas ao imóvel, mas o Código de Defesa do Consumidor pode ser acionado caso o comprador entenda que foi induzido ao erro por omissão de informações relevantes.


Portanto, mesmo que fantasmas não sejam comprovados, sua presença na história de um imóvel pode, sim, influenciar diretamente no valor e na velocidade de venda. Afinal, quando o assunto é lar, sentimento e razão caminham juntos — e nem todo mundo quer dividir o teto com o desconhecido.


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