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O curioso motivo por trás dos azulejos coloridos nas casas antigas brasileiras



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Os azulejos coloridos nas casas antigas brasileiras chamam atenção não só pela beleza, mas também por sua história curiosa e funcional. Mais do que um detalhe estético, esses revestimentos carregam influências culturais e práticas trazidas principalmente pelos portugueses.


No Brasil, a tradição dos azulejos começou a se espalhar no período colonial, quando os revestimentos cerâmicos eram utilizados não apenas em igrejas e edifícios públicos, mas também em residências.


Na época, os azulejos tinham uma função dupla: proteger as paredes da umidade e do calor, e também demonstrar status. Isso porque, ao contrário das pinturas de fachada que desbotavam com o tempo, o azulejo era resistente ao clima tropical e mantinha as cores vivas por décadas.


Assim, além de tornar a manutenção mais fácil, era uma forma de “conservar a aparência” da casa e, por extensão, da família que ali vivia.


As estampas e desenhos variavam de acordo com o gosto da época e a origem das peças, muitas vezes importadas de Portugal ou inspiradas na azulejaria europeia. Era comum ver padrões geométricos, florais e arabescos que marcavam uma identidade visual forte e, em alguns casos, até contavam histórias em cenas ilustradas.


Em cidades como Belém, São Luís e Salvador, essas fachadas ainda estão presentes, compondo a memória arquitetônica do Brasil.


Com o tempo, o uso dos azulejos foi sendo adaptado, deixou de ser algo exclusivo das elites e passou a ser incorporado por classes populares, principalmente nas décadas de 1940 a 1970.


Isso se deu por conta da produção nacional em maior escala e da valorização do material como símbolo de higiene, durabilidade e bom gosto. Ainda hoje, muitos imóveis mantêm esses azulejos originais como parte da identidade do imóvel, despertando nostalgia e valorizando o estilo retrô nas reformas atuais.


O curioso é que, mesmo sendo tão comuns em outras épocas, os azulejos coloridos acabaram se tornando um diferencial histórico e afetivo no presente. Mais que revestimento, eles são memória viva nas fachadas que resistem ao tempo.


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