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Superstições e crenças que influenciam a compra de imóveis


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Comprar um imóvel vai muito além de preço, localização e metragem. Para muitas pessoas, a decisão envolve também um fator menos racional, mas igualmente poderoso: a intuição. E é aí que entram as superstições e crenças populares, que atravessam culturas, religiões e tradições, influenciando silenciosamente o mercado imobiliário ao redor do mundo.

 

Em diversas culturas, certos números são evitados ou preferidos na hora de escolher um imóvel. No Ocidente, por exemplo, o número 13 é frequentemente associado ao azar, e muitos prédios simplesmente pulam esse andar. Já na cultura chinesa, o número 4 é evitado porque sua pronúncia se assemelha à palavra “morte”, enquanto o número 8 é amplamente valorizado por soar como “prosperidade”. Não é raro ver imóveis com final 8 sendo disputados, e até valorizados acima da média.

 

Outro fator comum é a energia do imóvel. Muitas pessoas dizem “sentir” quando uma casa está pesada ou carregada, e evitam fechar negócio mesmo que tudo esteja aparentemente perfeito. Esse sentimento pode ser ligado à crença em energias residuais, ou à história daquele espaço — se ali já houve tragédias, brigas ou perdas, por exemplo. Alguns compradores chegam a contratar especialistas em numerologia ou espiritualidade para avaliar o ambiente antes da decisão final.

 

A disposição dos cômodos também pode ter significados além do prático. Uma porta de entrada diretamente voltada para os fundos da casa, por exemplo, é vista no feng shui (prática milenar chinesa que busca harmonizar as pessoas com o ambiente em que vivem) como um caminho rápido para a energia ir embora, o que representa perdas financeiras. Espelhos na entrada, plantas específicas ou fontes de água são considerados “curadores energéticos” para muitos. E não podemos esquecer dos tradicionais banhos de sal grosso, incensos e orações feitas ao entrar pela primeira vez em um novo lar — rituais presentes em diferentes religiões e crenças.

 

Mesmo quem não se considera supersticioso costuma, no mínimo, se questionar quando algo “não bate bem” em um imóvel. Um detalhe fora do lugar, um pressentimento ruim, ou até uma sequência de imprevistos durante o processo podem fazer alguém desistir da compra, sem saber explicar exatamente por quê.

 

No fim das contas, comprar um imóvel é também um ato emocional. E as superstições, longe de serem apenas crenças antigas, refletem essa dimensão mais subjetiva da escolha: a necessidade de sentir-se bem, seguro e acolhido no lugar onde se vai viver. Afinal, um lar não é só paredes, é energia, história e sensação.


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